quarta-feira, 7 de julho de 2010

O silêncio

Pense em alguém que seja “poderoso”...

Essa pessoa briga e grita como um bugio, ou olha e silencia como um lobo?
Lobos não gritam.
Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos. Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.
Olhe.
Sorria.
Silencie.
Vá em frente.
Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar.
Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) ideia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.
Não é verdade!
Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir.
Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.
Você pode escolher o silêncio.


“ME ARREPENDO DE COISAS QUE DISSE, MAS JAMAIS DO MEU SILÊNCIO".


Responda com o silêncio, quando for necessário.
Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não responder em alguns momentos.
Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas.
E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.
Senhor me dê sabedoria e entendimento a cada dia.

"Se alguém lhe fechar a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas. Lembre-se da sabedoria da água: a água não afronta os obstáculos, mas os contorna ou fica profunda."


terça-feira, 6 de julho de 2010

APRENDENDO A DESAPRENDER...

Passamos a vida inteira ouvindo os sábios conselhos dos outros. Tens que aprender a ser mais flexível, tens que aprender a ser menos dramática, tens que aprender a ser mais discreta, tens que aprender... praticamente tudo.

Mesmo as coisas que a gente já sabe fazer, é preciso aprender a fazê-las melhor, mais rápido, mais vezes. Vida é constante aprendizado. A gente lê, a gente conversa, a gente faz terapia, a gente se puxa pra tirar nota dez no quesito "sabe-tudo". Pois é. E o que a gente faz com aquilo que a gente pensava que sabia?


As crianças têm facilidade para aprender porque estão com a cabeça virgem de informações, há muito espaço para ser preenchido, muitos dados a serem assimilados sem a necessidade de cruzá-los: tudo é bem-vindo na infância. Mas nós já temos arquivos demais no nosso winchester cerebral. Para aprender coisas novas, é preciso antes deletar arquivos antigos. E isso não se faz com o simples apertar de uma tecla. Antes de aprender, é preciso dominar a arte de desaprender.

Desaprender a ser tão sensível, para conseguir vencer mais facilmente as barreiras que encontramos no caminho. Desaprender a ser tão exigente consigo mesmo, para poder se divertir com os próprios erros. Desaprender a ser tão coerente, pois a vida é incoerente por natureza e a gente precisa saber lidar com o inusitado. Desaprender a esperar que os outros leiam nosso pensamento: em vez de acreditar em telepatia, é melhor acreditar no poder da nossa voz. Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os demais seguiram em frente.


A solução é voltar ao marco zero. Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.


Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.

Martha Medeiros

As aparências...

Atualmente, vivemos apressados, às vezes, não percebemos o que está acontecendo ao nosso redor. Podemos ser cruéis, indiferentes, orgulhosos, mas um dia Deus nos dá a oportunidade de rever nossas ações.

O que me fez refletir foi um e-mail que recebi que contava a história de um menino que não sendo visto pelos inúmeros motoristas que passavam na via, precisou usar um tijolo para chamar a atenção do motorista. Ao perceber que a lataria de seu carro estava danificada, quis saber o que tinha levado a criança fazer tal "barbaridade" (o carro era um modelo caríssimo), quando o menino explicou o motivo de sua atitude, o motorista ficou comovido, pois o corre-corre da vida, nos cega para vermos o que acontece ao nosso lado. O irmão do garotinha precisava da ajuda de alguém para resgatar seu irmão que havia sofrido um acidente com sua cadeira de rodas. Esta reflexão permite rever muitos conceitos incutidos em nossas vidas; nossa pequenez que nada faz, a não ser colocar vendas para ofuscar a realidade a nossa volta.

Sejamos mais humanos, autênticos, verdadeiros, pacientes e solidários... vá que a situação se inverta e vc precise da ajuda de outrem. Coloquemos-nos na dor do outro, pode ser que desta forma, nosso “fardo” seja mais suave.

Vejamos as tragédias naturais do mundo,  as do Nordeste e as do Rio de Janeiro, principalmente. O que adianta o país se mobilizar para ter monumentos como patrimônio da humanidade, sede das Olimpíadas e da Copa com as pessoas sendo esquecidas? Tudo para ostentar as maravilhas do país, é inquestionável como o Rio é lindo! Se lembrarmos das cenas da novela “Viver a Vida” nos encantava com a beleza natural em vários pontos... perdemo-nos nas belezas mascaradas (diga-se de passagem, como muitas pessoas que insistem permanecer de máscaras), mas paremos e pensemos, o que adiantou toda os confetes usados no carnaval?! Toda a alegria disfarçada?! O espaço agora é para as lágrimas... favelas crescendo sob lixões, calamidade vergonhosa!! Cidades destruídas!! Dignidade negada...

Este ano eleitoral é momento de refletir em quem colocarmos no governo. Acredito que muito do que vivemos é porque as tijoladas não foram recebidas no momento certo, oportuno para o crescimento. Precisamos receber muitas tijoladas se for preciso, para vermos o que acontece ao nosso redor. A dor do outro hoje pode ser a nossa amanhã...

Espero que quando for atingido, vc tenha chance de fazer um novo fim... Deixemos nossa mesquinhez e pequenez de lado, pois a vida é muito curta e não teremos outra oportunidade de recomeçar... que não seja hoje, mas agora...